sábado, 9 de janeiro de 2010

Kalefka (1º capítulo)

No ponto mais ocidental do globo terrestre existia uma ilha de restritas dimensões. O acesso a esse lugar tornava-se difícil e pouco freqüente. O mar furioso açoitava as rochas do litoral da ilha com bravura. Além do litoral, as constantes correntes marinhas aliadas à desconcertante neblina faziam com que os navegantes mais experientes morressem na tentativa de encontrar tal lugar. A neblina era um fluido espesso, não permitia a visão a mais de três metros, rico em vapor d’água e pobre em oxigênio livre. Por isso, respirar nesse mar era uma tarefa que poucos resistiam.
Quando os grandes comerciantes europeus desenvolveram tecnologias úteis como mapas e bússolas, decidiram voltar a procurar aquela lenda viva. De pouco lhes serviu. Para dificultar o encontro da ilha, os arredores da mesma tinham um mecanismo que impedia a pesca e o funcionamento das bússolas. Pois o lugar era rico em animais chamados peixes-gato, que comumente são venenosos. Além disso, eles emitem descargas elétricas alternadas, que criam um campo magnético que acaba por desorientar a bússola dos confiantes marinheiros. Estes aventureiros podiam passar vários dias à deriva, dando voltas em círculos, sentindo o impotente desespero de não ver nada além da neblina, cinza e úmida.
Poucos eram os corajosos que investiam numa busca tão duvidosa, considerada pelos navegantes como outra lenda viva, assim como o monstro do lago Ness. Muitos dos aventurados trás dias de procura, não lhes restava outro remédio que não fosse beber água salgada do mar. Depois de poucos dias tomando uma das águas mais salgadas, o excesso de sal no sangue o tornava grosso, e os fracos humanos se sentiam cansados, débeis, começavam a delirar dizendo palavras inteligíveis, tinham convulsões, e pioravam gradativamente, sofrendo uma morte angustiante e lenta. Os mais lúcidos enlouqueciam e suicidavam-se antes de chegar a tal situação.
A fim de contas, a ilha Kalefka não precisava de muros imponentes, nem de guardas robustos, nem de material bélico para se proteger da exploração de outros países. O clima dos arredores já lhe conferia a proteção necessária. Porém, isso funcionava com uma espada de dois gumes, pois era tão difícil a entrada como a saída. E tornava o lugar isolado, sem contato com outros povos, e os jovens curiosos freqüentemente se perguntavam se existiam outras sociedades além daquele mar bravio. O último relato da visita de algum marinheiro aconteceu há oitenta anos. E pouca informação se tem sobre a pequena tripulação.

7 comentários:

  1. Nossa Amoww q históriaa melancólica!!!
    agora me interesseii vou ler os próximos capítulos.
    mas vc realmente é um escritor de mão cheia, ainda te lanço na mídiaa, vais ver...

    bjuu!!!

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  2. Embora possa ler (li) (blog inteiro), o tradutor do Google é péssimo para longos textos, escrever algo em castelhano irmão. Em Denia, não se esqueça.

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  3. Y si el comentario anterior está mal escrito es por que el traductor de google también es malo para textos cortos xD

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  4. El traductor de google es malo para todo xD

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  5. Melancólica mesmo,tô esperando agora a saída do segundo cápitulo.bjo

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  6. Quero mais!
    Quando sai o próximo capítulo ?

    Beeijo ;@@

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